POSSIBILIDADES E DIFICULDADES NO PROCESSO DE INCLUSÃO DOS EDUCANDOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS: UM ESTUDO DE CASO COM DOCENTES DAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE SÃO FÉLIX-BA

Autores

  • Adriano Santana Matos Faculdade Adventista da Bahia
  • Avany Rodrigues Teixeira dos Santos Faculdade Adventista da Bahia
  • Gersica Luiza dos Santos Pereira Andrade Faculdade Adventista da Bahia
  • Juciane de Souza Santos Faculdade Adventista da Bahia
  • José Ferreira Maia Filho Faculdade Adventista da Bahia

Palavras-chave:

Inclusão, Necessidades Educacionais Especiais, Possibilidades, Dificuldades.

Resumo

Este estudo tratou-se da temática: possibilidades e dificuldades no processo de inclusão dos educandos com necessidades educacionais especiais: um estudo de caso com docentes das séries finais do ensino fundamental de uma escola pública de São Félix-BA. Buscou responder a seguinte problemática: qual a concepção dos professores acerca do processo de inclusão escolar de estudantes com necessidades educacionais nas séries finais do ensino fundamental numa escola pública de São Félix-Ba? O objetivo geral que norteou esta investigação foi: compreender a concepção dos professores acerca da inclusão dos educandos com necessidades educacionais nas séries finais do ensino fundamental numa escola pública de São Félix-Ba a partir da perspectiva sociohistórica, tendo como objetivos específicos: compreender o significado que os professores atribuem a inclusão em educandos com necessidades educacionais especiais; analisar as práticas de ensino-aprendizagem adotadas pelos professores em relação à inclusão escolar; levantar as propostas avaliativas da aprendizagem desenvolvidas pelos professores. Esse estudo foi fundamentado principalmente nas ideias dos seguintes autores: Dayrell (2007), Delors (1998), Arruda (2014), Anache (2010), Rego (1995), Gomes (2007), Aranha (2006), Palma (2010), Rodrigues (2011), Maraschin (2003), Vitaliano (2007), Porto (2009), Solé (2001), Schirmer (2007) e Vygotsky (1997). Metodologicamente, o trabalho foi concebido a partir de uma abordagem qualitativa, cujo método escolhido foi estudo de caso. O local da pesquisa foi uma escola pública do município de São Félix-Ba, cujos participantes foram seis docentes de educandos com NEE das séries finais do ensino fundamental (compreendidas entre o 6° ao 9 ° ano). O instrumento de coleta foi entrevista aberta. Os dados foram analisados à luz da Técnica de Analise de Conteúdo de Bardin (1987). Três grandes categorias foram apresentadas nos resultados, classificadas como “significado da inclusão escolar”, “práticas inclusivas de ensino-aprendizagem” e “necessidades no processo de inclusão”. Considerando a importância da concretização da garantia do direito de aceso e permanência à educação dos educandos com necessidades educacionais especiais, este estudo apontou que a instituição escolar pesquisada encontra-se no processo de transição para a inclusão, o que implica em melhor compreensão do conceito de inclusão, em ressignificação e ampliação das experiências educativas inclusivas com base na flexibilização e adaptação curricular, inclusive em relação à prática da atividade física escolar adaptada.

Biografia do Autor

Adriano Santana Matos, Faculdade Adventista da Bahia

Graduando em Bacharel em Teologia - SALT-IAENE

Graduando em Bacharel e Licenciatura em Psicologia

Avany Rodrigues Teixeira dos Santos, Faculdade Adventista da Bahia

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual da Bahia - UNEB (2005), especialização em Língua Portuguesa pela Universidade Salgado de Oliveira ? UNIVERSO (2007), especialização em Psicopedagogia pela Faculdade Adventista da Bahia - FADBA (2010). Atualmente é graduanda em Psicologia e em Pós graduanda em Terapia Cognitivo-Comportamental pela Faculdade Adventista de Bahia (FADBA). Há 11 anos atua na Educação. Tem pesquisado sobre as políticas públicas no âmbito da educação escolar inclusiva e da saúde mental.

Juciane de Souza Santos, Faculdade Adventista da Bahia

Graduando em Psicologia pela Faculdade Adventista da Bahia

José Ferreira Maia Filho, Faculdade Adventista da Bahia

Graduando em Psicologia pela Faculdade Adventista da Bahia

Referências

AMATUZZI, Mauro Martins. O que é ouvir. Revista do Instituto de Psicologia da PUCCAMP. vol. 07 n° 02 agosto/dezembro, 1990.

ANACHE, Alessandra Ayach. As contribuições da abordagem histórico- cultural para a pesquisa sobre os processos de aprendizagem da pessoa com deficiência mental. In: Educação especial: diálogo e pluralidade/ organização de Cláudio Roberto Baptista, Kátia Regina Moreno Caiado e Denise Meyrellesde Jesus... et alii. Porto alegre: Editora Meditação, 2010.

ARANHA, Maria Salete Fábio. Educação inclusiva: A Fundamentação Filosófica - 2 ed. Brasília: MEC, SEESP, 2006.

ARRUDA, Marco Antônio; Mauro de Almeida. (coord.). Cartilha de inclusão escolar: Inclusão baseada em evidências científicas. Ribeirão Preto, São Paulo: domínio público, 2014. Disponível em Acessado em 10/09/2014.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 1987.

BEAUCLAIR, João. Para entender Psicopedagogia: perspectivas atuais desafios futuros. – Rio de Janeiro Wak, 2006.

BUBER, Martins. Do diálogo e do dialógico. São Paulo, Perspectiva, 1982.

CARNEIRO, Maria Sylvia Cardoso. A deficiência mental como produção social: de itard à abordagem histórico-cultural. IN: Inclusão e escolarização: múltiplas perspectivas/ organização Cláudio Roberto Baptista; Adriana Marcondes Machado... [et al].- Porto Alegre: Meditação, 2006.

CARVALHO, Maria Paula Rodrigues Sequeira de. Instituto Politécnico de Viseu. Millenium. 40: 161‐184, (2011). Adaptação dos Idosos Institucionalizados. Disponível em:< http://www.ipv.pt/millenium/Millenium40/12.pdf>. Acessado em 10 de março de 2014.

DAMIANI, Magda Floriana. Entendendo o trabalho colaborativo em educação e revelando seus benefícios. Educar, Curitiba, n. 31, p. 213-230, 2008. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/er/n31/n31a13.pdf>. Acessado em 15 de novembro de 2014.

DAYRELL, Juarez. A escola “faz” as juventudes? Reflexões em torno da socialização juvenil. Educ. Soc., Campinas, vol. 28, n. 100. Especial, p. 1105-1128, out. 2007. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br Acessado em: 20 de novembro de 2014.

DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo, Cortez, 1998.

DUCK, Cíntia. Educar na diversidade: Material de Formação Docente. - 3 ed. Brasília: MEC, SEESP, 2006.

FÁVERO, Eugênia Augusta Gonzaga; Pantoja, Luísa de Marillac P; Mantoan, Maria Tereza Égler. Aspectos legais e orientação pedagógica. São Paulo: MEC/SEESP, 2007.

GLAT, R. Um novo olhar sobre a integração do deficiente. In: MANTOAN, M. T. (Org.). A integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon; SENAC, 1997.

GOMES, Adriana L. Limaverde (org.). Atendimento Educacional Especializado: Deficiência Mental. São Paulo: MEC/SEESP, 2007.

GOMES, Claudia; Rey, Fernando Luís Gonzalez. Inclusão Escolar: Representações Compartilhadas de Profissionais da Educação acerca da Inclusão Escolar. Campinas, São Paulo: PUC, 2007.

GOMES, Nilma Lino. Indagações sobre currículo: diversidade e currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretária de educação Básica, 2008.

LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes sobre esta experiência. Cad. Cedes, Campinas, vol. 26, n. 69, p. 163-184, maio/ago. 2006.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

MARASCHIN, C; FREITAS, L.B.L; CARVALHO, D.C. Psicologia da educação: multiversos sentidos, olhares e experiências. Porto alegre: Ed. da UFRGS, 2003.

MARCHESI, Á. A prática das escolas inclusivas. In: COLL, C.; MARCHESI, Á.; PALACIOS, J. (Org.). Desenvolvimento psicológico e educação: transtornos do desenvolvimento e necessidades educativas especiais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

MINAYO, M. C. S.; DESLANDES, S. F.; GOMES, R. Pesquisa social – teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO: SEESP. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências paras o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos. 2. ed. Brasília: MEC, SEESP, 2006.

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL: Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva (org.). O acesso de alunos com deficiência às escolas e classes comuns da rede regular. 2ª ed. rev. e atualiz. Brasília: Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, 2004.

PALMA, L. E. Alunos com deficiência física: a compreensão dos professores de Educação Física sobre a acessibilidade nos espaços de prática para as aulas. Revista Educação, Santa Maria, v. 35, n. 2, p. 303-314, maio/ago. 2010.

PINHO, PAULO FREITAS. Documento Subsidiário à Política de Inclusão, Brasília. Brasília, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005.

PORTO, Olívia. Psicopedagogia Institucional: teroria, prática e assessoramento psicopedagógico. 3 ed. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2009.

REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petróplois, RJ: Vozes, 1995.

RODRIGUES, Eduardo Pedro. Afetividade na relação professor-aluno. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 15, N° 153, Febrero de 2001. Disponível em: file:///F:/Transcri%C3%A7%C3%A3o%20EM%20Andamento12/Afetividade%20na%20rela%C3%A7%C3%A3o%20professor-aluno.html. Acessado em 10 de novembro de 2014.

SÁ, Elizabet Dias de. Atendimento Educacional Especializado: Deficiência Visual. São Paulo: MEC/SEESP, 2007.

SAVIANI, Dermeval. A nova lei da educação: Trajetória, limites e perspectivas. São Paulo: Autores Associados, 1997.

SCARDUA, Valéria Mota. A inclusão e o ensino regular. Revista FACEVV, Número 1, 2º Semestre de 2008.

SCHIRMER, Carolina R. (org.). Atendimento Educacional Especializado: Deficiência Física. São Paulo: MEC/SEESP, 2007.

SHAUGHNESSY, John J. Metodologia da pesquisa em Psicologia. 9ª ed. Porto Alegre, Rio Grande do Sul: MC Graw Hill 2012.

SILVA, R. H. R. Dilemas da Perspectivas da Educação Física Diante do Paradigma da Inclusão. Revista Pensar a Prática, 11/2: 125-135, maio/ago. 2008.

SOLÉ, Isabel; NEVES, Beatriz Affonso. Orientação educacional e intervencão psicopedagogica. Porto Alegre: Artmed, 2001.

TIBALLI, E. F. A. Estratégias de inclusão frente à diversidade social e cultural na escola. In: LISITA, V. M. S. S.; SOUSA, L. F. E. C. P. (Orgs.). Políticas educacionais, práticas escolares e alternativas de inclusão escolar.Rio de Janeiro: DP&A, 2003.p. 195-208. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000106&pid=S1516-7313201000030000600018&lng=es> Acessado em 20/09/2014.

VASQUES, Carla K. Um coelho branco sobre a neve: estudo sobre a escolarização de sujeitos com psicose infantil. Porto Alegre: UFRGS, 2003.

VITALIANO, Célia Regina. Análise da necessidade de preparação pedagógica de professores de cursos de licenciatura para inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. Rev. Bras. Ed. Esp., Marília, Set.-Dez. 2007, v.13, n.3. Disponível em:< http://www.ipv.pt/millenium/Millenium40/12.pdf>. Acessado em 10 de novembro de 2014.

VYGOTSKY, L. S. Obras escogidas: fundamentos de defectología. Tomo V. Madrid: Visor, 1997.

Publicado

2016-11-20

Como Citar

Matos, A. S., dos Santos, A. R. T., Andrade, G. L. dos S. P., Santos, J. de S., & Filho, J. F. M. (2016). POSSIBILIDADES E DIFICULDADES NO PROCESSO DE INCLUSÃO DOS EDUCANDOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS: UM ESTUDO DE CASO COM DOCENTES DAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE SÃO FÉLIX-BA. Revista Formadores, 9(4), 29. Recuperado de http://dwvideorec.com.br/ojs3/index.php/formadores/article/view/728